MÁRIO ANDREAZZA
REDAÇÃO G5
Ao receber denúncia oferecida pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), a 1ª Vara Criminal de Aparecida de Goiânia decretou a prisão preventiva do policial militar da reserva Clóvis de Sousa e Silva. Ele foi denunciado pelo promotor de Justiça Milton Marcolino dos Santos Júnior pelo homicídio do engenheiro Erceli Miguel Pinto, durante “discussão” no dia 16 de abril.
Segundo apontado na denúncia, Erceli prestou serviços para Clóvis, a construção da casa de seu filho. No entanto, o militar ficou insatisfeito com o resultado, passando a ameaçar e perseguir o engenheiro, planejando matá-lo.
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Assim, sabendo da rotina do engenheiro, foi à casa da vítima e permaneceu próximo, até encontrar o profissional, abordar e atirar durante uma breve discussão.
Narra o promotor que o denunciado, inesperadamente, sacou sua arma de fogo e disparou, a curta distância, no pescoço de Erceli, que não conseguiu esboçar qualquer reação e morreu no local. Em seguida, conforme mostram imagens de câmeras de segurança da região, o militar aposentado saiu tranquilamente do local, deixando a vítima caída na rua.
Ele foi denunciado por homicídio duplamente qualificado, em razão de motivo fútil e por utilizar recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
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Erceli foi executado a tiros por volta das 11h durante discussão com o coronel aposentado da PM Clóvis de Sousa e Silva na porta do escritório, no cruzamento das Avenidas Piracanjuba com a Rudá, na Vila Brasília, em Aparecida de Goiânia, (região metropolitana da Capital).
Clovis se apresentou à Delegacia de Polícia Civil, ainda na noite do crime acompanhado de sua advogada, quando prestou depoimento, confessou o crime, mas foi liberado, já que os investigadores consideraram que o tempo para realizar a prisão em flagrante já havia passado.
Em depoimento, o coronel relatou ter desavença com o engenheiro, que os dois discutiram em frente ao escritório de Erceli e que durante a “briga” atirou. A bala atravessou o pescoço da vítima, que morreu na hora.
O atirador disse ainda que decidiu se apresentar na polícia após descobrir que o desafeto havia morrido.
No entanto, no primeiro momento, não foi divulgado o motivo da desavença entre o coronel e o engenheiro. O delegado Eduardo Rodovalho, responsável pelo caso, informou, à época, que não falaria até que a investigação avançasse, para que não prejudicar o levantamento dos elementos informativos necessários ao esclarecimento dos fatos.
A morte de Erceli Miguel foi investigada pelo Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) da Polícia Civil de Goiás em Aparecida. Eduardo Rodovalho foi até o local do crime, que passou por perícia da Polícia Científica. Imagens das câmeras de monitoramento da região, que registraram o homicídio, foram analisadas para que a polícia entendesse a dinâmica do crime.