REDAÇÃO G5
Justiça condenou sete investigados da Operação Piratas do Campo, deflagrada no ano de 2021 pela Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar). Somadas as penas, os agora réus condenados em primeira instância podem ter que cumprir 67 anos de prisão e ainda pagar 563 dias-multa.
Eles foram condenados pelos crimes de organização criminosa, receptação, crime contra as relações de consumo, crime ambiental.
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A sentença também determinou o perdimento de vários bens apreendidos pela Polícia Civil ao longo das três fases da operação: Caminhão Mercedes 1620, Cor Branca; Caminhão, Modelo F4000, Cor Branca; GM Montana; Fiat Siena. Este veículos serão leiloados. Depois disso, o valor arrecadado em leilão judicial deverá ser transferidos para conta do Fundo Especial de Apoio ao Combate à Lavagem de Capitais e às Organizações Criminosas – FESACOC.
Outros veículos também apreendidos ficarão à disposição da PCGO, sendo disponibilizados para uso da Decar e da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA) e também do Corpo de Bombeiros.
São eles: M.BENZ Sprinter Martm5, cor branca; Fiat Strada Advent Flex, cor cinza; VW Saveiro RB MBVS, cor branca; 02 (duas) empilhadeiras: HEDESA IC FORKLIFT TRUCK, COR AMARELA, e STTL, MODELO CLX-25, COR LARANJA; (01) um veículo UTV CAN-AM.
A investigação policial apurou que as empresas vítimas tiveram prejuízos da ordem de R$ 1 milhão e meio em defensivos agrícolas roubados, além dos danos decorrentes de valores pagos pelas vítimas pelo transporte de mercadoria, no importe de R$ 400 mil.
A Operação Piratas do Campo investigou um esquema criminoso organizado por membros de uma mesma família – pai, mãe, filho e enteados, todos presos em uma das etapas da operação.
Eles contratavam pessoas para roubar cargas de defensivos agrícolas de grandes fazendas e de caminhões que transportavam os produtos.
Os caminhões eram levados para galpões em Goiás e Mato Grosso onde, com sofisticada aparelhagem da indústria química, os defensivos eram adulterados para aumentar a litragem original em cem vezes.
Assim, o produto era falsificado e revendido com marca falsa de grandes indústrias. Várias lavouras de soja e milho foram destruídas por conta do produto falsificado e prejudicial ao meio ambiente.
A última etapa da operação ocorreu em julho de 2021. As investigações foram concluídas e os autos remetidos ao Judiciário.
O delegado Alexandre Bruno de Barros, titular da Decar, acentua como a repressão efetuada por meio desta grande investigação de polícia judiciária foi fundamental para reduzir a criminalidade nesta seara: “Se compararmos o índice roubo de cargas no primeiro semestre de 2021 com o primeiro semestre de 2022, houve uma redução de 61,2%. Isso só foi possível porque a investigação desmantelou a organização criminosa e descapitalizou seu aparato, com a apreensão e bloqueio de bens, agora referendado pelo Poder Judiciário, que decretou seu perdimento e os condenou a penas altas”.