WELLYNGTON SOUZA
DA REDAÇÃO
O juiz do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) Thiago Brandão Boghi lamentou em uma decisão publicada na segunda-feira (27) que "se relacionar com putas não é mais um fato de boa reputação".
"Um homem se relacionar com 'putas' era considerado fato de boa reputação, do qual o sujeito que praticava fazia questão de se gabar e contar para todos os amigos [...] Lamentável como os tempos mudaram! Agora virou ofensa! Tempos sombrios!", diz trecho da decisão.
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Divulgação

Conforme publicado pelo Folhapress, a declaração ocorreu em uma ação em que um homem registrou queixa-crime contra uma mulher que o acusou de ser usuário de drogas e que estaria se relacionando com "putas".
O autor do processo acusou a ré de calúnia, injúria e difamação afirmando que ela havia chegado até a residência pedindo para que ele abrisse o portão, pois segundo ela, o homem estaria com um amigo, uma "puta" e estariam usando drogas.
No entanto, o magistrado decidiu em favor da ré, dizendo que os fatos narrados não constituíam crime. “Esses dizeres se deram num contexto em que a querelada, namorada de um primo do querelante que estava com ele no local, supostamente fazendo uso de drogas e se relacionando com ‘putas’, deu um ‘flagra’ no namorado e contou para a amiga, namorada do querelante”, aponta outro trecho da decisão.
Segundo publicação, o magistrado apontou que durante o seu tempo de juventude, um homem que se relacionava com prostitutas contava para os amigos e “era enaltecido por isso, tornando-se "o cara da galera". “Lamentável como os tempos mudaram! Agora virou ofensa! Tempos sombrios!”, declarou.
Críticas a ex-deputado
Na sentença, ele ainda diz que estar com prostitutas não configura injúria, uma vez que um projeto de lei regulamentou a profissão. Boghi diz que o projeto foi “apresentado pelo ex-deputado federal Jean Wylis —o queridinho da Globo— pelo todo-poderoso PSOL, o queridinho do STF”.
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