DENISE ROTHENBURG
CORREIO BRAZILIENSE
A decisão do ministro Edson Fachin de manter a convenção do MDB garantirá a candidatura de Simone Tebet, mas não significa que os aliados de Lula desistiram de sufocar as perspectivas de apoio à senadora, não só no MDB como também entre os aliados de Tebet. O telefonema de Lula ao senador Tasso Jeiressati, por exemplo, faz parte desse pacote. Mas, a abordagem foi suave, no sentido de montar um palanque entre PT e PSDB no Ceará, depois do rompimento entre o PDT de Ciro Gomes e os petistas. Lá, o MDB já apoia Lula e, agora, a ideia é atrair os tucanos, tirando Tasso da chapa de Tebet.
Em outros estados, o PT fará o mesmo. A ideia é, onde não for possível fisgar o MDB, buscar o PSDB. No caso do Ceará, esta eleição comprova as voltas que o mundo dá. Em 2010, PDT e PT se juntaram para derrotar Tasso Jereissati no Senado. Um dos objetivos de Lula era derrotar o senador. Agora, PT e PDT, separados, buscam o senador para fortalecer suas bases no estado. Em política, o adversário de ontem é o aliado de amanhã. Por isso, muitos deles sempre deixam uma pontezinha para o futuro.
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