SUELY CARVALHO
REDAÇÃO G5
A Justiça de Goiás condenou Wender Rodrigues da Silva a 23 anos de prisão por matar Suane Peres Leão, de 38 anos, em Aparecida de Goiânia.
O julgamento aconteceu na terça-feira (31) na 4ª Vara Criminal da Comarca do município.
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Segundo as investigações feitas pela Polícia Civil, Wender estuprou, esganou e matou Suane, em seguida abandonou o corpo em um lote baldio no Jardim Tiradentes.
Imagens divulgadas pela polícia na época mostravam o suspeito discutindo com a vítima próximo ao local onde ela foi encontrada morta.
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“As imagens mostram que ele a perseguiu quando saiu do bar para voltar para casa. Ele já estava a importunando e ela tentando se desvencilhar, inclusive, a gente percebe quando ele inicia as agressões, jogando-a no chão, ela levanta, foge e ele a persegue”, disse, à época, o delegado Charles Lobo.
O júri teve início às 8h30, terminando no final da tarde, condenando o homem por estupro e homicídio, por motivo torpe, com crueldade e sem direito a defesa da vítima. O juiz Leonardo Fleury Curado Dias presidiu o julgamento.
Wender estava preso desde setembro de 2020 e continuará detido, pois foi negado “a possibilidade de recorrer em liberdade, devendo ser expedida a competente guia de recolhimento provisória”, escreveu o magistrado.
Apesar de ser surdo e mudo, segundo o juiz, o homem “tinha conhecimento de seus atos, era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento, mas cometeu o crime mesmo assim. Agindo apenas para satisfazer sua lascívia, constrangendo e violentando a vítima”.
Relembre o crime
Suane foi encontrada morta na manhã do dia 2 de março de 2020, em um lote baldio no Setor Jardim Tiradentes, em Aparecida de Goiânia, por moradores que passaram pelo local.
Na época, os investigadores informaram que a vítima foi encontrada nua, de bruços, com vários ferimentos pelo corpo, principalmente no rosto.
Wender era conhecido no Parque Ibirapuera, setor que residia, por cometer pequenos furtos e importunar os moradores da região. Suane o conhecia de vista e havia saído aquela noite para ir há um bar.
A mulher deixou seis filhos, sendo filhos pequenos e o marido.
Familiares presentes no julgamento, esperavam por justiça há dois anos e comemoram a sentença proferida, “saiu daqui condenado, a justiça foi feita, porque o crime que ele cometeu foi bárbaro", desabafou Karine Leão Da Silva, irmã de Suane.